Para uma grande parte da população, a cirurgia da coluna está associado a um misticismo e um grande cepticismo. Pois nada mais errado! Com o devido treino, equipamento, método e, acima de tudo, uma correcta indicação cirúrgica, esta cirurgia pode beneficiar alguns pacientes. A cirurgia da Coluna é uma solução reservada para casos concretos e bem definidos. É um compromisso entre o efeito terapêutico e as sequelas que em maior ou menor intensidade deixa sempre. Consiste nas seguintes técnicas clássicas usadas isoladamente ou, mais frequentemente, em combinação:
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Devido aos inconvenientes destas técnicas, foram sendo desenvolvidas outras com menor agressividade, caracterizadas por poderem ser feitas com pequenas incisões na pele - as técnicas minimamente invasivas para diagnóstico e tratamento:
Esta área tem tido, nos últimos anos, uma evolução tecnológica promissora e constitui um grande investimento por parte do Serviço de Ortopedia. No entanto não constitui uma panaceia e, como qualquer cirurgia, tem as suas indicações formais. |
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Complicações imediatas: de entre as mais relevantes refiram-se a infecção, lesão de estruturas neurológicas (como sejam a medula e raizes), fissuras da dura máter (com perda de líquido cefalo-raquidiano), bem como o insucesso terapêutico por insuficiente descompressão ou alinhamento. Estas são, na sua maioria, passíveis de prevenção, tratamento e correcção, de modo a evitar sequelas nefastas ao paciente. Complicações tardias: a pseudartrose (ausência de fusão) e a instabilidade segmentar são sede de dor e incapacidade importantes, sendo prevenidas por uma correcta indicação e técnica adequada. A rigidez é o resultado inevitável de toda a fusão, podendo ocorrer sobrecarga das articulações acima e abaixo da mesma, especialmente se o paciente não cumprir preceitos de protecção da coluna. No nosso Serviço utilizamos a cirurgia clássica para casos traumatológicos e degenerativos graves bem documentados e justificados, combinando quase sempre a descompressão com a instrumentação e fusão, procurando sempre evitar a instabilidade, sede das sequelas mais importantes. Para a maioria dos casos de patologia vertebral com ou sem envolvimento radicular de origem circunscrita optamos pelas técnicas minimamente invasivas, geralmente com bons resultados, com contra-indicações mínimas, practicamente sem sequelas e, se necessário, facilmente repetíveis. |